O filme “O Brutalista”(The Brutalist), um drama de época estrelado por Adrien Brody, vem gerando grande discussão no mundo do cinema pelo uso de inteligência artificial (IA) na produção. O uso da tecnologia na criação de performances e elementos visuais gerou tanto elogios quanto críticas ferozes. Vamos entender?
Do que se trata o filme “O Brutalista”?
Em síntese, O filme segue a história de um arquiteto refugiado húngaro, László Toth (Adrien Brody), que se muda para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial em busca de uma nova vida. Acompanhado por sua esposa, Erzsebet (Felicity Jones), ele enfrenta desafios e dilemas enquanto trabalha em um projeto ambicioso para um magnata influente.
Basicamente, o filme mistura temas de identidade, ambição e sacrifício, retratando a dura realidade dos imigrantes e suas lutas para se estabelecer em um novo país.
Como a IA foi utilizada no filme?
A inteligência Artificial foi utilizada em diversos momentos da produção. Algumas cenas foram criadas ou aprimoradas com IA para recriar performances de atores, modificar elementos visuais e aprimorar a ambientação do filme.
Os relatórios indicam que a tecnologia foi usada para:
- Rejuvenescer atores em cenas específicas.
- Criar figurantes digitais sem a necessidade de contratar elencos de apoio muito grandes
- Ajustar performances dos atores em pós-produção.
Essa utilização de ferramentas de IA acabou gerando uma grande discussão na indústria, com muitos questionando o impacto da IA no trabalho de artistas humanos.
LEIA MAIS: 5 mistérios de Stranger Things que podem ficar sem respostas na série
A polêmica em torno do uso da IA no filme
Fato é que o uso da IA no filme gerou uma divisão entre profissionais da indústria e o público. Os sindicatos de atores e técnicos de cinema, por exemplo, manifestaram preocupações sobre o impacto da tecnologia na contratação de profissionais, alegando que a IA pode diminuir as oportunidades de trabalho e comprometer a autenticidade das performances.
Por outro lado, a equipe de produção defendeu o uso da tecnologia, argumentando que a IA foi utilizada como uma ferramenta complementar e que os atores continuaram sendo peças fundamentais no processo criativo. Inclusive, o diretor do filme, Brady Corbet, afirmou que a tecnologia ajudou a contar a história de forma mais eficaz.
Aqui vale lembrarmos que essa polêmica não é exatamente nova. Isso porque o uso de IA no cinema já foi alvo de grandes debates, especialmente após a greve dos roteiristas e atores de Hollywood em 2023, que trouxe à tona preocupações sobre o uso da tecnologia para substituir profissionais. À época chegou-se a um acordo para estabelecer limites para o uso dessa tecnologia, bem como deixar claro os direitos dos atores quanto ao uso da IA em suas imagens.
<h2>Declarações dos envolvidos
O diretor e roteirista do filme, Brady Corbet, afirmou em entrevista à Deadline que a decisão de utilizar IA foi tomada para melhorar a experiência cinematográfica. Além disso, afirmou também que não teve como objetivo substituir o talento humano.
LEIA MAIS: 5 séries de TV para assistir se você gostou do filme Nosferatu
“A IA não está substituindo a arte; está permitindo que contemos histórias de maneiras que antes eram impossíveis”, declarou em entrevista.
Já alguns atores envolvidos na produção expressaram preocupação com a forma como a IA pode impactar a indústria.
Felicity Jones, que interpreta Erzsébet Tóth no longa, comentou que, embora compreenda o avanço tecnológico, é essencial garantir que os profissionais do cinema não sejam prejudicados.
“Precisamos de transparência sobre como essa tecnologia é usada e qual seu impacto na indústria”, disse ela.
Já o Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) propôs diretrizes para garantir que atores sejam devidamente compensados e que seu trabalho não seja utilizado sem consentimento.
LEIA MAIS: Lady Gaga abre o jogo sobre o filme Coringa: Delírio a Dois
O futuro do cinema com IA
Como você pode imaginar, a discussão sobre o uso de IA no cinema não deve acabar tão cedo. Com o avanço tecnológico, cujos limites ainda sequer conhecemos, cada vez mais produções podem adotar ferramentas de inteligência artificial para reduzir custos e agilizar processos.
No entanto, o impacto na geração de emprego dos profissionais da indústria ainda é um tema sensível e que não pode ser deixado de lado. Afinal, a criatividade e talento natural dependem essencialmente das habilidades humanas e não podem ser substituídas pela frieza de um algoritmo.
LEIA MAIS: 4 séries de TV parecidas com Dark para você assistir. Então, confira!
Curtiu o conteúdo? Então visite o site Planeta Diário e fique por dentro de todas as novidades!