Desde o seu lançamento, a série sul-coreana “Round 6” conquistou o mundo com sua história inquietante, ao mesmo tempo em que faz críticas sociais. No entanto, além dos jogos mortais e grandes personagens, há muitos segredos e curiosidades sobre a produção que passam despercebidos até mesmo pelos fãs mais atentos.
Separamos seis fatos que você provavelmente não sabia sobre a série de sucesso da Netflix. Confira com a gente!
1. A boneca de “Batatinha Frita 1, 2, 3” tem raízes na cultura coreana
A icônica boneca do jogo “Batatinha Frita 1, 2, 3” vai além de um elemento assustador na série: sua inspiração vem de um personagem real da cultura popular coreana.
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O design da boneca remete a Young-hee, uma figura infantil presente em livros didáticos coreanos das décadas de 1970 e 1980. Esses materiais, amplamente utilizados na época, apresentavam Young-hee como uma personagem amigável e voltada para a educação.
Young-hee e Cheolsu (Reddit/Reprodução)
Então, ao transformar essa figura amigável em uma “vilã” mortal, os criadores da série trouxeram uma ironia sombria, reimaginando a inocência da infância em um contexto aterrorizante.
2. A obra inicialmente seria um filme, e quase não aconteceu
“Round 6” foi concebida como um filme em 2008 pelo criador Hwang Dong-hyuk, que enfrentava dificuldades financeiras e buscava inspiração em mangás de sobrevivência.
No entanto, apesar do roteiro ser muito interessante, ele recebeu várias recusas de produtoras, que consideraram a história muito arriscada e sombria.
Somente em 2018, com o aumento do interesse da Netflix por conteúdo internacional, Hwang trouxe a ideia de volta e adaptou o roteiro para uma série.
O resultado foi uma narrativa expandida e mais profunda, que levou o programa ao topo do sucesso global.
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3. A trama do detetive foi criada para expandir a série
Originalmente, “Round 6” focaria exclusivamente nos jogos e na jornada de Gi-hun. Entretanto, com a expansão do roteiro para uma série, Hwang precisou adicionar novos elementos para enriquecer a história.
Hwang Jun-ho (Netflix)
Desta forma, nasceu Hwang Jun-ho, o detetive que se infiltra nos jogos em busca do irmão desaparecido.
Essa trama ajudou a aumentar o suspense e também permitiu trazer ao público um olhar dos bastidores das competições mortais.
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4. Os personagens refletem experiências pessoais do criador
Os protagonistas Gi-hun e Sang-woo não são apenas personagens ficcionais – eles são espelhos das experiências do próprio Hwang Dong-hyuk.
Gi-hun, por exemplo, com sua luta pela sobrevivência e conexão com a mãe, representa a infância do criador em um ambiente financeiramente desfavorável.
Já Sang-woo, um homem pressionado pelo sucesso acadêmico e profissional, reflete os desafios enfrentados por Hwang ao entrar na vida adulta.
5. As críticas sociais presentes na série foram planejadas para serem globais
Hwang Dong-hyuk criou “Round 6” com o objetivo de criticar as desigualdades do capitalismo. Inclusive, ele inicialmente visava fazer com que a série fosse o programa mais assistido na Netflix por um dia nos Estados Unidos.
Porém, o que ele não imaginava era que a história se conectaria tão profundamente com audiências ao redor do mundo. No fim das contas, a combinação de jogos de infância com cenários de sobrevivência extremos se revelou um meio poderoso de explorar as tensões sociais universais, fazendo da série um grande sucesso de audiência.
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6. Apenas no Brasil e no Canadá a série é chamada de “Round 6”
Embora mundialmente conhecida como “Squid Game”, a série sul-coreana recebeu o título “Round 6” apenas no Brasil e o Canadá. Essa adaptação foi uma estratégia da Netflix para facilitar a identificação da série nesses mercados, considerando que o “Jogo da Lula” não é uma brincadeira conhecida nessas regiões.
Apesar disso, originalmente a série receberia o nome “Round 6”, mas, no final, apenas Brasil e Canadá mantiveram o título. Inclusive a escolha faz mais sentido para os fãs desses países, já que “Round 6” reflete a estrutura central da série, que consiste em seis rodadas de jogos mortais.