O filme A Bela e a Fera é um clássico da Disney que encanta gerações desde seu lançamento em 1991. Embora seja lembrado por sua animação magnífica, personagens incríveis e canções que ficam na memória, há certas realidades sombrias e aspectos problemáticos que podem passar despercebidos em uma primeira visualização. Portanto, ao reassistir com um olhar mais crítico, algumas dessas realidades se tornam mais evidentes. Então, se você se interessou, confira abaixo cinco dessas duras realidades!
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Duras realidades que você só percebe ao rever A Bela e a Fera
5. A tristeza oculta na transformação final
Antes de mais nada, a cena em que a Fera se transforma de volta em humano é um dos momentos mais emblemáticos do filme, marcado por alegria e alívio. No entanto, para os servos encantados do castelo, essa transformação também sinaliza o fim de suas vidas como objetos encantados, que, apesar de bizarros, eram suas existências durante muitos anos.
Portanto, essa mudança é um retorno à normalidade. Mas também pode ser vista como uma perda de identidade para esses personagens que, de certa forma, aprenderam a viver e se adaptar às suas novas formas… qual sua opinião sobre isso?
4. A complexidade moral de Gaston
Além disso, Gaston é frequentemente visto como o vilão óbvio da história, com sua arrogância e obsessão por Bela tornando-o um antagonista fácil de odiar.
No entanto, ao reassistir o filme, pode-se perceber que o personagem de Gaston é mais complexo do que parece. Isso porque, ele é um produto de sua sociedade, admirado por todos em sua aldeia e convencido de que merece tudo o que deseja, incluindo Bela. Portanto, sua falta de caráter é, em grande parte, uma consequência de sua criação e do reforço social que recebeu ao longo da vida – infelizmente.
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3. O sacrifício final dos servos encantados
Os servos do castelo da Fera, transformados em objetos encantados, oferecem momentos de alívio cômico e são elementos essenciais para a trama. Mas, ao reassistir o filme, percebe-se que sua situação é muito mais trágica do que parece à primeira vista. Isso porque, durante a batalha final, muitos desses objetos são quebrados e destruídos. Assim, isso sugere que eles morrem no processo. Realmente muito triste, não é?
Como eram pessoas reais antes da maldição, suas mortes representam sacrifícios extremos que eles fizeram para proteger seu mestre e seu lar.
2. A controvérsia na atração de Bela pela Fera
Outro ponto controverso do filme é a natureza do afeto de Bela pela Fera. Até mesmo porque ela se apaixona por ele enquanto ele ainda está em sua forma bestial, o que levanta questões sobre a natureza dessa atração.
Embora o filme se esforce para mostrar que o amor de Bela se baseia em suas qualidades internas, o fato de ela hesitar brevemente quando a Fera se transforma de volta em humano sugere que sua atração inicial era, de fato, pela criatura.
Esse detalhe pode ser desconfortável para alguns espectadores, pois insinua (apenas insinua) uma afinidade de Bela por uma figura animalesca. Será mesmo?
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1. Síndrome de Estocolmo disfarçada de romance
Por último, mas não menos importante, um dos aspectos mais criticados de A Bela e a Fera é o relacionamento central entre os personagens, que pode ser interpretado como um exemplo clássico da Síndrome de Estocolmo. Isso porque, Bela é inicialmente mantida prisioneira pela Fera em troca da liberdade de seu pai.
No entanto, à medida que a história avança, Bela começa a desenvolver sentimentos por sua captor. Assim, isso levanta questões sobre o desequilíbrio de poder e a pressão emocional.
Embora o filme tente romantizar essa dinâmica, é difícil ignorar que a base do relacionamento se construiu em um contexto de cativeiro. Isso pode levar a interpretações preocupantes sobre o que constitui um “romance” saudável.
Enfim, A Bela e a Fera continua sendo um filme amado por muitos. Porém, ao olhar mais de perto, surgem questões mais profundas e complexas que podem não ser percebidas.
Mas, as duras realidades exploradas neste artigo, mesmo que revelem aspectos sombrios e problemáticos da história, ainda não descaracterizam, para a maioria, a visão idealizada de um conto de fadas perfeito. Qual sua opinião?