George RR Martin, criador do universo de Game of Thrones e autor de Fogo & Sangue (Fire & Blood), recentemente expressou suas frustrações sobre algumas decisões criativas tomadas na segunda temporada de A Casa do Dragão. Em uma postagem no seu blog, que ele excluiu posteriormente, Martin criticou a adaptação de alguns eventos e personagens centrais. Isso porque, na sua visão, trataram esses personagens de forma diferente da narrativa original de seus livros. Entenda em detalhes!
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As críticas de RR Martin à temporada de A Casa do Dragão
Antes de mais nada, a principal crítica de Martin foi sobre a representação da sequência envolvendo Blood e Cheese, assassinos cruéis que desempenham um papel crucial na história.
Assim, no livro, Helaena, esposa de Aegon II, é forçada a escolher qual de seus três filhos será morto em retaliação pela morte do príncipe Lucerys. No entanto, na série, essa dinâmica foi simplificada. Sendo assim, Helaena tem apenas dois filhos, o que removeu um dos momentos mais trágicos e tensos da obra original.
Então, Martin apontou que, em sua versão, os personagens eram mais cruéis. Além disso, informou que a omissão do filho mais novo, Maelor, enfraqueceu o impacto emocional da cena.
Além disso, ele também destacou que, na série, Helaena oferece um colar aos assassinos em vez de sua própria vida, algo que ele considerou uma escolha inferior em termos dramáticos.
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A resposta da HBO à crítica
Após as críticas de Martin virem à tona, a HBO respondeu prontamente com uma declaração defendendo as decisões criativas tomadas pela equipe de produção de A Casa do Dragão. Assim, a emissora reconheceu o respeito e a admiração que todos têm por Martin e sua obra, afirmando que “há poucos fãs maiores de Fire & Blood do que a equipe criativa” da série.
A declaração também sublinhou os desafios específicos a qualquer adaptação literária, afirmando que o showrunner Ryan Condal precisou fazer escolhas difíceis ao trazer a narrativa do livro para a tela.
Além disso, a HBO destacou que a adaptação de Fogo & Sangue, descrito como um “livro de história”, exigiu que os roteiristas construíssem personagens e momentos que não estavam completamente desenvolvidos no material original.
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O motivo das decisões criativas de A Casa do Dragão e a reação do público
A decisão de adaptar A Casa do Dragão com mudanças significativas em relação ao livro gerou reações mistas entre os fãs. Dessa forma, muitos espectadores que não leram a obra original elogiaram as escolhas criativas, considerando a série envolvente e emocionante. No entanto, entre os leitores fiéis de Fogo & Sangue, houve uma sensação de decepção em relação a certas omissões e simplificações, como no caso de Blood e Cheese.
Essas decisões foram justificadas pela HBO e pelo showrunner Ryan Condal como uma necessidade de ajustar o formato televisivo, que possui suas próprias limitações.
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Por que algumas decisões não agradaram?
Apesar do sucesso inegável de A Casa do Dragão, algumas decisões criativas não agradaram a todos os fãs por diversos motivos. Primeiramente, a omissão de personagens e momentos centrais do livro foi uma das principais queixas. Isso porque, o impacto emocional de certas cenas, como a morte do príncipe Jaehaerys, se diluiu na simplificação das situações apresentadas.
Além disso, a humanização ou simplificação de personagens vilanescos, como os assassinos Blood e Cheese, gerou diversas críticas. Sendo as maiores as de que a série estaria suavizando aspectos que tornavam a história de Martin tão sombria e intensa.
Enfim, enquanto Martin preferiu sua versão mais crua e detalhada dos eventos, a HBO e Ryan Condal defenderam a necessidade de fazer ajustes para manter o ritmo e a estrutura dramática da série.
Por fim, em todo caso, vale a pena acompanhar a saga e ter suas próprias percepções!