Alguns filmes são projetados para desafiar e provocar o público com finais abertos e narrativas complexas. Alguns inclusive chegam ao ponto de alguns espectadores acharem fascinante desvendar essas tramas, ao passo que outros saem do cinema perplexos, sem entender o que realmente aconteceu.
Abaixo estão cinco desses filmes cujos finais deixam até os mais atentos questionando a própria realidade.
1. Clube da Luta (1999)

Cena do filme “Clube da Luta” (20th Century Fox)
O final de “Clube da Luta” é um dos mais comentados e confusos do cinema. O filme, que acompanha o protagonista sem nome e seu amigo Tyler Durden, revela no final que Tyler é, na verdade, uma manifestação da mente perturbada do protagonista.
Sendo assim, toda a trama, desde as lutas clandestinas até a anarquia, é fruto da dissociação mental do personagem principal, que cria Tyler como uma válvula de escape para seus desejos reprimidos.
Além disso, a luta final, na qual ele aparentemente “mata” Tyler, simboliza a tentativa de recuperar o controle sobre sua própria vida, mas a cena final com a destruição de prédios e o retorno da música sugere que talvez o caos ainda não tenha terminado.
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2. Ilha do Medo (2010)
Cena do filme “Ilha do Medo” (Phoenix Pictures)
Dirigido por Martin Scorsese, “Ilha do Medo” segue o agente Teddy Daniels (Leonardo di Caprio) enquanto ele investiga o desaparecimento de uma paciente em um hospital psiquiátrico. Ao longo do filme, pistas e reviravoltas fazem o público duvidar da própria sanidade de Teddy.
No final, descobrimos que Teddy é, na verdade, um paciente da instituição, que criou a ilusão de ser um detetive para escapar da realidade de que ele matou sua esposa.
No entanto, a última frase do filme, em que Teddy questiona se é melhor “viver como um monstro ou morrer como um homem bom”, deixa o público incerto sobre se ele realmente aceitou sua condição ou se escolheu voltar à ilusão como uma forma de autopreservação.
3. A Origem (2010)
Cena do filme “A Origem”, na qual Cobb roda o seu pião (Warner Bros.)
Christopher Nolan tem fama por seus filmes de alta complexidade, e “A Origem” não é exceção. O filme trata de uma equipe de “ladrões de sonhos”, liderada por Cobb (Leonardo DiCaprio), que entra no subconsciente das pessoas para roubar ou implantar ideias.
No final, a dúvida que paira no ar é se Cobb está no mundo real ou ainda preso em um sonho. Isso porque, o filme termina com o “pião”, que ele usa para distinguir a realidade de seus sonhos, girando.
O mistério deixa o público questionando se tudo o que viram até então era uma realidade ou apenas uma criação da mente de Cobb.
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4. Amnésia (2000)
Cena do filme “Amnésia” (Newmarket Films)
Outro filme de Christopher Nolan que confunde o público é “Amnésia”. Isso porque, o protagonista, Leonard, sofre de uma forma severa de amnésia, que o faz perder suas memórias recentes a cada poucos minutos. Por isso, ele usa anotações e tatuagens para tentar lembrar de pistas sobre quem matou sua esposa.
Além disso, a trama é contada de trás para frente, o que aumenta a confusão.
No final, descobrimos que Leonard pode ter matado sua esposa por engano e que ele está manipulando suas próprias memórias para continuar sua “missão” de vingança.
Contudo, o filme questiona a natureza da verdade e da memória, deixando o público incerto sobre o que realmente aconteceu.
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5. O Iluminado (1980)
Cena do filme “O Iluminado” (Hawk Films, Peregrine Productions)
Por fim, Stanley Kubrick fez um trabalho magistral ao misturar elementos sobrenaturais com a deterioração da saúde mental em “O Iluminado”, outro clássico do cinema, adaptado da obra de mesmo nome de Stephen King.A história segue Jack Torrance (Jack Nicholson), um escritor em busca de inspiração, que aceita um emprego como zelador de inverno no isolado Hotel Overlook, localizado nas montanhas do Colorado. Ele se muda para o hotel com sua esposa Wendy (Shelley Duvall) e seu filho Danny (Danny Lloyd).
No final, Jack Torrance, completamente tomado pela loucura, persegue sua família pelo hotel e acaba congelando do lado de fora.
Mas o detalhe é que a cena final, que mostra uma foto antiga do hotel com Jack entre os funcionários em 1921, confunde o público. Afinal de contas, o que isso significa? Jack sempre esteve lá? Ele foi possuído pelo espírito maligno do hotel?
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O que é certo é que a linha entre o real e o sobrenatural nunca é claramente definida.