O funcionamento interno do Vaticano sempre despertou grande curiosidade, e o filme “Conclave” mergulha exatamente nesse universo de rituais e segredos. O filme apresenta um processo cheio de mistério: a escolha do novo papa. Mas até que ponto essa história tem base na realidade?
A seguir, você vai saber um pouco mais sobre o enredo do filme, sua relação com fatos históricos e a obra literária que serviu de inspiração.
O enredo do filme “Conclave”
O filme se passa logo após a morte do Papa, evento que desencadeia a convocação dos cardeais mais influentes da Igreja Católica para a escolha de seu sucessor. Trancados na Capela Sistina, esses homens poderosos iniciam um processo rigoroso e tradicional, cheio de regras e protocolos que garantem a confidencialidade do evento.
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No centro da história está o protagonista, o cardeal Thomas Lawrence (interpretado por Ralph Fiennes), designado para supervisionar o processo.
Ralph Fiennes em “Conclave” (Focus Features)
Assim, enquanto os votos são realizados e as alianças se formam nos bastidores, surgem segredos e interesses ocultos, colocando em xeque não somente a integridade do processo, como também a fé e a moralidade dos envolvidos. Dessa forma, as tensões aumentam conforme a votação avança e revelações inesperadas vêm à tona, terminando em uma reviravolta no final da história.
A história do filme equilibra o realismo do ambiente do Vaticano com elementos fictícios que potencializam o drama e o suspense.
O filme “Conclave” é baseado em uma história real?
Mesmo que conte com uma ambientação realista e um retrato dos rituais do Vaticano da maneira mais real possível, o filme não é baseado em uma história real. Na realidade, o filme se inspira no processo real de eleição papal, mas, por outro lado, os personagens e a história são totalmente fictícios.
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Para ficarmos em um exemplo, o conclave é um evento que ocorre na realidade quando um Papa falece ou renuncia, sendo conduzido com seriedade e seguindo normas rígidas estabelecidas pela Igreja Católica. Assim, os cardeais elegíveis se reúnem para votar em segredo até que um candidato obtenha a maioria necessária para ser eleito o novo Papa.
No entanto, durante esse período, são proibidas comunicações externas e qualquer tipo de interferência política. Então, ao contrário do que o filme sugere, a eleição papal na vida real não é marcada por conspirações ou reviravoltas tão dramáticas.
Assim, a história do filme aumenta esses elementos para criar uma experiência mais interessante para o público.
Fato é que, embora a obra capture a essência do processo papal, ela toma liberdades criativas para aumentar o suspense da história.
Conclave é baseado em um livro de Robert Harris
Na verdade, o filme é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Robert Harris, publicado em 2016. Inclusive, Harris é conhecido por seus suspenses baseados em cenários e eventos históricos, e em “Conclave” ele traz sua escrita detalhada para dentro dos muros do Vaticano.
Capa do livro “Conclave”, de Robert Harris
Para escrever a obra, Harris realizou pesquisas minuciosas sobre as tradições da Igreja Católica e o funcionamento interno do Vaticano, visando criar um ambiente realista. No entanto, ainda que tenha se inspirado no processo real de eleição papal, Harris desenvolveu uma narrativa completamente fictícia, com personagens e conflitos que não possuem ligação direta com a realidade.
O livro “Conclave”, assim como a sua adaptação para o cinema, foi bem recebido pela crítica e pelos leitores, elogiado por sua escrita e pelo retrato enigmático dos bastidores da escolha de um novo Papa.
O filme “Conclave” foi gravado no Vaticano?
Dado que a ambientação do filme é bastante realista, você pode estar se perguntando se sua filmagem foi feita no Vaticano.
Bem, na verdade, não.
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Realmente, o filme “Conclave” foi filmado, em sua maior parte, em Roma, Itália, porém, devido à proibição de filmagens dentro da Capela Sistina, a produção precisou recriar meticulosamente esse espaço nos estúdios Cinecittà.
O filme “Conclave” não foi gravado no Vaticano (Focus Features)
Para se ter ideia do trabalho exigido, a designer de produção, Suzie Davies, liderou a equipe que precisou de 10 semanas para construir uma réplica detalhada da capela. Essa equipe contou com artesãos locais que haviam trabalhado em cenários anteriores.
Além disso, diversas cenas foram gravadas em locações reais espalhadas por Roma, que ajudaram a complementar a ambientação fidedigna do filme.