A franquia Matrix é um marco na ficção científica, combinando filosofia, ação e tecnologia em uma narrativa envolvente.
No entanto, apesar de seu brilhantismo, alguns aspectos da obra não fazem sentido quando analisados de perto.
Para ilustrar, aqui estão cinco dessas inconsistências que, após exame cuidadoso, deixam os fãs coçando a cabeça.
5. A teoria das baterias humanas
Uma das premissas centrais dos filmes Matrix é a ideia de que os humanos são usados como baterias pelas Máquinas para gerar energia.
Essa visão apocalíptica do futuro apresenta seres humanos conectados a cápsulas, onde suas mentes vivem em uma realidade simulada enquanto seus corpos produzem energia.
Contudo, cientificamente, essa ideia é problemática. Segundo as leis da termodinâmica, a energia não pode ser criada ou destruída, apenas transformada.
Isso significa que o corpo humano não geraria energia suficiente para justificar o uso de bilhões de pessoas como baterias.
Além disso, as Máquinas, sendo tão avançadas, poderiam encontrar formas muito mais eficientes de obter energia, como a fusão nuclear.
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4. A incapacidade das Máquinas de superar as nuvens artificiais
No clímax de Matrix Revolutions, Neo e Trinity voam acima das nuvens artificiais criadas pelos humanos para “queimar o céu”.
A cena revela que o sol ainda brilha acima dessas nuvens, mas as Máquinas, que dependem de energia solar, aparentemente não conseguem atravessá-las.
No entanto, elas são mostradas como extremamente avançadas, capazes de criar tecnologias complexas e até explorar o espaço sideral.
Portanto, a ideia de que uma civilização tão tecnologicamente superior seria impedida por nuvens criadas pelos humanos é ilógica e enfraquece a narrativa.
3. A ressurreição de Trinity
Em Matrix Resurrections, tanto Neo quanto Trinity são trazidos de volta à vida após eventos fatais nos filmes anteriores.
Embora a ressurreição de Neo seja parcialmente explicada pela recodificação de sua mente, a volta de Trinity é ainda mais complexa, já que ela foi fisicamente morta em Matrix Revolutions.
Dessa forma, a ressurreição de Trinity parece forçada e carece de uma explicação satisfatória.
Além disso, a trama introduz uma cápsula de ressurreição, mas não esclarece como as Máquinas conseguiram restaurar completamente um corpo que foi fatalmente ferido.
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2. O poder de transcendência do agente Smith
O Agente Smith, um dos vilões mais memoráveis da franquia, desenvolve a habilidade de pular de corpo em corpo dentro da Matrix, essencialmente transformando-se em um vírus.
Isso o torna uma ameaça quase imparável, permitindo que ele se multiplique e se espalhe por toda a Matrix.
No entanto, se Smith realmente possuísse esse poder ilimitado, ele poderia ter derrotado Neo e seus aliados muito antes.
A habilidade de se transferir para qualquer corpo na Matrix sugere que ele poderia ter antecipado e interrompido cada movimento dos protagonistas.
A narrativa, entretanto, limita essa habilidade, fazendo com que ele perca em momentos decisivos, o que gera uma inconsistência clara no poder do personagem.
1. A queima do céu
Por fim, em Matrix, Morpheus explica a Neo que os humanos, em uma tentativa desesperada de derrotar as Máquinas, “queimaram o céu” para bloquear a luz solar, que era a principal fonte de energia das Máquinas.
Esse ato supostamente forçou as Máquinas a buscar outra fonte de energia, levando-as a usar os humanos como baterias.
No entanto, bloquear o sol não só seria prejudicial para as Máquinas, mas também para a própria humanidade.
Sem luz solar, a fotossíntese acabaria, destruindo a maioria das formas de vida na Terra e, consequentemente, qualquer chance de sobrevivência humana.
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Ademais, as Máquinas, que são tecnologicamente superiores, poderiam ter desenvolvido alternativas de energia, como mencionado anteriormente.
Enfim, a obra Matrix ainda é reverenciada por sua originalidade e profundidade filosófica, mas essas inconsistências revelam que, mesmo em uma franquia tão amada, existem elementos que desafiam a lógica.
Contudo, esses pontos não diminuem o impacto cultural dos filmes, mas fornecem material para reflexão crítica sobre a coerência da trama.