As cenas de ação intensas e construção do universo de “John Wick” conquistou o público, ultrapassando a marca de US$ 1 bilhão em bilheteria global. No entanto, mesmo com o sucesso avassalador e o carinho dos fãs, alguns aspectos dos filmes deixam lacunas. Separamos abaixo cinco pontos nos filmes de John Wick que simplesmente não fazem sentido.
5. John Wick ser chamado de “Baba Yaga”
Nos filmes, John Wick é frequentemente referido como “Baba Yaga”, um sinônimo para o “Bicho-Papão”. Mas essa escolha de apelido não condiz com o folclore eslavo de onde o termo se origina.
Isso porque a Baba Yaga é uma figura feminina, frequentemente descrita como uma bruxa que vive em uma cabana com pernas de galinha. Por isso, apesar de simbolizar terror e mistério, o mito não tem conexão óbvia com as características de John. Então, embora o apelido tente transmitir o medo que ele inspira, a escolha parece meio inadequada.
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4. O barulho no momento da invasão à casa de John
No primeiro filme, a invasão à casa de John é um ponto chave na história. Nesse momento, ele elimina os mercenários enviados por Viggo Tarasov com precisão e estratégia, mas o evento levanta algumas questões. Isso porque, apesar de os vizinhos ouvirem a comoção e chamarem a polícia, os próprios mercenários parecem incapazes de localizar John dentro da casa.
Aliás, essa incoerência é difícil de ignorar. Se a luta foi barulhenta o suficiente para alertar pessoas próximas, por que os mercenários, supostamente treinados, não reagiram aos sons?
Essa diferença compromete um pouco da credibilidade da cena, mesmo sendo visualmente espetacular.
3. A facilidade de locomoção no Capítulo 4
Um dos aspectos mais confusos de “John Wick 4: Baba Yaga” é a maneira como o protagonista se move entre países com extrema facilidade, apesar de ser um homem caçado por todo o mundo.
No capítulo anterior da franquia, “Parabellum”, a narrativa dedica tempo para mostrar as dificuldades enfrentadas por John ao perder o acesso aos recursos do submundo após ser excomungado. Porém, no quarto filme, ele parece ter acesso ilimitado a meios de transporte e apoio logístico, sem explicações plausíveis.
Essa mudança drástica contradiz o esforço que os filmes anteriores fizeram para criar um senso de realismo e desafio.
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2. O submundo opera com moedas de ouro
O uso de moedas de ouro no universo de John Wick é charmoso, isso não dá pra negar, mas é também completamente ilógico. Essas moedas, aliás, são usadas para pagar serviços que vão desde estadias luxuosas no Hotel Continental até um simples drinque no bar.
No entanto, os filmes nunca estabelecem um valor claro para as moedas, o que deixa o sistema financeiro do submundo confuso. Por exemplo, enquanto uma moeda pode pagar por um quarto de hotel com segurança total, o mesmo valor é usado para serviços de limpeza de corpos.
Isso acaba criando uma inconsistência que prejudica um pouco a coerência do universo. Além disso, apesar do charme visual, o sistema de moedas de ouro seria impossível de sustentar na vida real sem uma estrutura de valor mais definida.
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1. A resistência sobre-humana de John Wick
John Wick não é só habilidoso; ele parece invencível. Ao longo dos filmes, ele sofre quedas, tiros e agressões brutais, mas continua lutando como se fosse indestrutível. Inclusive, no capítulo final de “John Wick 3: Parabellum”, ele é atirado de um prédio e sobrevive com ferimentos superficiais.
Embora a ideia de um protagonista resiliente seja comum em filmes de ação, a franquia leva isso ao extremo. A resistência de John é tão irrealista que ele parece mais um super-herói do que um humano.
Esse exagero, aliás, tira um pouco da tensão das cenas, já que o público sabe que ele sempre se levantará, independentemente do que acontecer.
Aqui cabe um adendo, pois o filme 4 parece estabelecer um limite para essa resistência interminável de John Wick. Digo “parece”, pois o encerramento do último filme não é claro e, de certa maneira, deixa pontos soltos e abertos para o futuro da franquia.