“O Senhor dos Anéis” é um daqueles clássicos que marcam quem se aventura por suas páginas. Criado por J.R.R. Tolkien, o universo da Terra-média é recheado de lendas, criaturas fantásticas, batalhas épicas e dilemas que vão muito além da magia.
Aliás, toda a jornada em torno do Um Anel serviu de inspiração para inúmeras histórias que vieram depois — seja nos livros, no cinema ou nos games. E se você é daqueles que ainda sente saudade da trilogia e está em busca de novas leituras com a mesma pegada, aqui vai uma dica: conheça seis obras parecidas com “O Senhor dos Anéis” que podem preencher esse espaço e levar você de volta ao clima das grandes aventuras.
O Olho do Mundo (The Eye of the World) – Robert Jordan

O primeiro livro da série “A Roda do Tempo” é um dos grandes nomes da fantasia contemporânea.
A trama gira em torno de Rand al’Thor e seus amigos, que vivem em uma vila pacata até que sua rotina é virada do avesso. Quando forças sombrias passam a persegui-los, eles se veem obrigados a fugir.
A partir daí, guiados pela misteriosa Moiraine — uma poderosa Aes Sedai — o grupo embarca em uma jornada cheia de perigos, tentando entender seus caminhos e enfrentar o temido Tenebroso (Dark One).
Para quem gosta de “O Senhor dos Anéis”, há vários elementos em comum: uma viagem transformadora, um universo rico em detalhes e o eterno embate entre luz e escuridão. Além disso, cada personagem traz algo único para a história, tornando a jornada ainda mais empolgante.
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O Feiticeiro de Terramar (A Wizard of Earthsea) – Ursula K. Le Guin
Na história de “O Feiticeiro de Terramar”, conhecemos Ged, um jovem simples que descobre possuir um talento mágico impressionante. Com isso, ele parte rumo à Escola de Magia de Roke, onde passa a desenvolver suas habilidades — e também a encarar as consequências de suas escolhas impulsivas.
Ao longo do caminho, Ged precisa enfrentar os próprios erros e buscar uma forma de restaurar o equilíbrio que ele mesmo ajudou a romper.
Para os fãs de “O Senhor dos Anéis”, essa é uma leitura que vale a pena. O livro aposta em uma jornada de crescimento pessoal, mergulha em um universo cuidadosamente construído e traz à tona o clássico embate entre luz e sombra, tudo isso com um sistema de magia bem amarrado e cheio de significado.
O Caminho dos Reis (The Way of Kings) – Brandon Sanderson
“O Caminho dos Reis”, de Brandon Sanderson, abre com força a série “Os Relatos da Guerra das Tempestades” e nos leva a um mundo marcado por tempestades colossais e reinos em constante conflito.
A narrativa acompanha três personagens centrais: Kaladin, um ex-soldado que vive como escravo; Dalinar Kholin, um nobre assombrado por visões misteriosas; e Shallan Davar, uma jovem curiosa em busca de um conhecimento perdido. Aos poucos, os caminhos desses personagens se cruzam, e forças adormecidas começam a emergir.
Para quem curte “O Senhor dos Anéis”, a leitura é uma ótima pedida. Aqui também encontramos um universo grandioso, cheio de camadas, personagens em busca de transformação e antigos poderes que voltam à tona em meio a guerras e descobertas.
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Filhos de Sangue e Osso (Children of Blood and Bone) – Tomi Adeyemi
“Filhos de Sangue e Osso”, de Tomi Adeyemi, é uma fantasia inspirada nas tradições e mitologias da África Ocidental. Aqui, a trama acompanha Zélie, uma jovem que vive em uma terra onde a magia foi exterminada por um regime opressor.
No entanto, tudo começa a mudar quando ela se une a uma princesa em fuga e parte em uma missão para trazer de volta a magia e libertar seu povo.
A obra mistura com habilidade elementos de aventura, questões políticas e mitologia ancestral, criando uma narrativa intensa e cheia de reviravoltas.
Assim como em “O Senhor dos Anéis”, acompanhamos um grupo inesperado de heróis enfrentando perigos para restaurar o equilíbrio do mundo — sempre com escolhas difíceis, descobertas e batalhas épicas pelo caminho.
Jardins da Lua (Gardens of the Moon) – Steven Erikson
“Jardins da Lua”, de Steven Erikson, marca o início da série “O Livro Malazano dos Caídos” e nos leva a um mundo em constante conflito, onde impérios se enfrentam em batalhas que determinam o destino de todos.
A narrativa apresenta magos com poderes imensos, deuses que agem nos bastidores e exércitos envolvidos em jogos de traição e disputas sangrentas.
Ao invés de focar em um único herói, o livro se divide entre vários personagens, cada um com suas próprias motivações e caminhos — o que torna a trama ainda mais rica e imprevisível.
Para quem curte “O Senhor dos Anéis”, aqui também há um universo detalhadamente construído, cheio de guerras antigas, influências divinas e jornadas que se entrelaçam em meio ao caos.
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Eragon – Christopher Paolini
“Eragon”, primeiro volume da tetralogia “O Ciclo da Herança”, de Christopher Paolini, apresenta uma aventura épica que começa quando um jovem fazendeiro encontra uma estranha pedra azul na floresta — que mais tarde revela ser um ovo de dragão.
Quando Saphira nasce, Eragon descobre que está ligado a ela por um laço mágico e se torna o último dos lendários Cavaleiros de Dragão. Forçado a fugir após a morte de seu tio, ele embarca em uma jornada marcada por descobertas, perigos e o despertar de poderes que jamais imaginou possuir.
A obra de Paolini guarda muitas semelhanças com O Senhor dos Anéis. Assim como Frodo, Eragon é um herói improvável que deixa sua terra natal para enfrentar um mal maior. O mundo de Alagaësia é povoado por elfos, anões, magos e criaturas mágicas, com culturas, mapas e até línguas próprias — o que reforça a influência de Tolkien.
Além disso, o mentor Brom tem um papel semelhante ao de Gandalf, guiando o protagonista por caminhos desconhecidos, enquanto a ameaça do rei Galbatorix lembra a sombra opressora de Sauron sobre a Terra-média.
Apesar disso, “Eragon” traz sua própria identidade. Aqui, a escrita é mais direta e acessível, voltada ao público jovem, e o enredo se apoia fortemente em temas como destino, crescimento e amadurecimento. Para quem gosta de fantasia clássica recheada de magia, batalhas e grandes revelações, essa saga é uma ótima porta de entrada — especialmente para quem ainda sente saudade das aventuras pela Terra-média.