Embora muitos dos filmes do Studio Ghibli sejam mágicos e encantadores, alguns tocam em temas profundamente tristes que deixam marcas duradouras nos corações dos espectadores. Separamos aqui cinco filmes do estúdio que capturam a essência da tristeza de forma única.
5. Nausicaä do Vale do Vento (1984)
Embora tenha sido, tecnicamente, lançado antes da fundação oficial do Studio Ghibli, “Nausicaä do Vale do Vento” é considerado um precursor de seu estilo característico.
O filme se passa em um mundo pós-apocalíptico onde a princesa Nausicaä tenta mediar a convivência entre os humanos e as florestas tóxicas habitadas por criaturas gigantes.
A tristeza de “Nausicaä”, portanto, vem de seus temas ecológicos e da incapacidade da humanidade de aprender com os erros do passado.
Apesar disso, “Nausicaä” permanece como um símbolo de esperança, já que nos mostra que, mesmo em um mundo devastado, a compaixão e a compreensão podem prevalecer.
Nausicaä do Vale do Vento (Kaze no Tani no Naushika)
- Direção:
- Hayao Miyazaki
- Roteiro:
- Hayao Miyazaki
- Lançamento:
- 25/12/1985
- Duração:
- 117 minutos
4. O Castelo no Céu (1986)
Um dos primeiros filmes do Studio Ghibli, “O Castelo no Céu” mistura aventura e romance, mas também toca em temas de perda e destruição.
A história segue Pazu e Sheeta em sua busca por Laputa, uma lendária cidade flutuante que representa a grandiosidade perdida de uma civilização antiga. Porém, ao longo da jornada, os protagonistas descobrem que o mau uso da tecnologia levou à ruína de Laputa, transformando-a em um lugar abandonado e desolado.
Essa reflexão sobre a fragilidade das conquistas humanas e o impacto da ganância traz um peso emocional ao filme, resultando em uma história que é muito mais do que uma simples aventura.
LEIA MAIS: Filmes que estreiam nesta semana nos cinemas (07/04 a 13/04)
O Castelo no Céu (Tenkū no Shiro Rapyuta)
- Direção:
- Hayao Miyazaki
- Roteiro:
- Hayao Miyazaki
- Lançamento:
- 14/07/1989
- Duração:
- 124 minutos
3. Meu Amigo Totoro (1988)
“Meu Amigo Totoro” é mais associado com uma atmosfera mágica e com personagens que encantam, mas a verdade é que uma camada de tristeza permeia a história.
O filme conta a história das irmãs Satsuki e Mei, que se mudam para o campo para ficarem mais próximas da mãe, internada devido a uma doença grave. Enquanto exploram a nova casa e a floresta ao redor, Mei encontra Totoro, uma criatura mágica e amigável.
Porém, se por um lado as aventuras com o adorável Totoro fornecem alívio, a incerteza sobre a saúde da mãe e o impacto emocional nas crianças criam uma narrativa carregada de emoção.
Além disso, o filme se sobressai pela forma como aborda a infância em tempos difíceis, equilibrando fantasia com a dureza da realidade.
Meu Amigo Totoro (Tonari no Totoro)
- Direção:
- Hayao Miyazaki
- Roteiro:
- Hayao Miyazaki
- Lançamento:
- 08/03/1995
- Duração:
- 86 minutos
2. Princesa Mononoke (1997)
Em “Princesa Mononoke”, Hayao Miyazaki explora o conflito entre humanidade e natureza em um mundo fictício.
Na história, o protagonista, Ashitaka, é amaldiçoado por um demônio e busca uma cura enquanto testemunha a destruição ambiental causada pela ganância humana.
Ashitaka se vê envolvido em um conflito entre os humanos da Cidade do Ferro, liderados por Lady Eboshi, que desejam expandir seu território explorando os recursos naturais, e os espíritos da floresta, incluindo San, conhecida como Princesa Mononoke, uma jovem criada por lobos que luta para proteger seu lar.
A tristeza do filme reside na constatação de que o equilíbrio entre progresso e preservação é difícil de alcançar. Os danos causados à natureza são irreversíveis, e o sacrifício de Ashitaka para tentar restaurar a harmonia traz um toque melancólico à obra.
Portanto, “Princesa Mononoke” não oferece soluções fáceis para problemas complexos, mas sim mostra um retrato da difícil luta entre desenvolvimento e sustentabilidade.
LEIA MAIS: Elenco de ‘Karatê Kid: Lendas’ revela conexões diretas com ‘Cobra Kai’
Princesa Mononoke (Mononoke Hime)
- Direção:
- Hayao Miyazaki
- Roteiro:
- Hayao Miyazaki
- Lançamento:
- 25/12/1999
- Duração:
- 134 minutos
1. Túmulo dos Vagalumes (1988)
“Túmulo dos Vagalumes” é considerado o filme mais triste do Studio Ghibli e, possivelmente, uma das animações mais emocionantes de todos os tempos.
Dirigido por Isao Takahata, o filme se passa no Japão devastado pela Segunda Guerra Mundial e narra a luta de dois irmãos, Seita e Setsuko, para sobreviver em meio aos horrores da guerra.
A animação, aliás, não poupa o espectador de mostrar as duras realidades do conflito, incluindo a fome, a perda e a desesperança.
Além disso, a relação amorosa entre os irmãos e a inocência de Setsuko tornam cada revés ainda mais doloroso.
Desta forma, o filme é um registro dos impactos humanos da guerra, capaz de deixar qualquer espectador com lágrimas nos olhos, além de provocar uma reflexão sobre a fragilidade da vida.
Túmulo dos Vagalumes (Hotaru no Haka)
- Direção:
- Isao Takahata
- Roteiro:
- Isao Takahata, baseado no conto semi-autobiográfico de Akiyuki Nosaka
- Lançamento:
- 24/11/1989
- Duração:
- 89 minutos