Stranger Things traz uma série de referências culturais e detalhes escondidos, que tornam a série um verdadeiro labirinto para os fãs atentos. Pensando nisso, separamos algumas curiosidades que podem ter passado despercebido para você.
6. Influência de “Conta Comigo” no núcleo de Stranger Things
Para quem não é fã do mestre Stephen King, esse detalhe pode ter passado batido. Já para quem acompanha a carreira do autor e as adaptações feitas para o cinema baseadas na sua obra, essa ligação pode ter sido notada de imediato. Aqui, estamos falando da clara influência do clássico filme “Conta Comigo”, adaptado do conto “Outono da inocência” (“The Body”, na versão original), de King.

Cena do filme “Conta Comigo”, inspirado no conto “Outono da inocência”, de Stephen King
Inclusive, o quarto episódio da primeira temporada de Stranger Things se chama “The Body”, numa clara homenagem ao conto que deu origem ao filme “Conta Comigo”.
Assim como no filme e no conto, a série foca bastante na força da amizade entre crianças em meio a grandes adversidades. Mas a semelhança vai além disso. Isso porque algumas cenas da série remetem diretamente ao filme de 1986, como é o caso do momento em que as crianças viajam ao longo de trilhos da ferrovia.
Cena de “Stranger Things” (Netflix)
5. O jogo Dig Dug e a jornada de Hopper
O clássico de arcade Dig Dug, mencionado na 2ª temporada, serve como um prenúncio dos acontecimentos envolvendo o Mundo Invertido. A série faz uma ligação sutil entre a mecânica do jogo, onde o jogador cava túneis subterrâneos enfrentando monstros ocultos, e os eventos da trama.
Jogo Dig Dug (Nintendo)
Inclusive, o episódio “Dig Dug” mostra Hopper explorando os túneis subterrâneos de Hawkins, o que, sem dúvidas, se relaciona com o conceito do jogo. Assim como no Dig Dug, os personagens enfrentam monstros que surgem inesperadamente.
Além disso, o nome do episódio e a ação de Hopper parecem trazer à tona a sensação de descer a camadas sombrias da cidade e se confrontar com o desconhecido.
4. As referências ao “Pânico Satânico” dos anos 80
Eddie, o líder do Hellfire Club (Netflix)
A histeria em torno do Dungeons & Dragons na década de 1980, conhecida como “Pânico Satânico”, está presente em várias cenas de Stranger Things.
Na 4ª temporada, o jogo de D&D é visto como um catalisador de medo e paranoia, principalmente por conta de Eddie, o líder do Hellfire Club.
Assim, a série retrata o ambiente tenso da época, em que o jogo era mal interpretado como prática de cultos e satanismo. Com isso, os irmãos Duffer procuraram trazer uma referência histórica à série, mostrando o quanto o medo irracional influenciava o pensamento da sociedade naquela época.
3. O jornal da 3ª temporada e as tragédias de Hawkins
No final da 3ª temporada, durante o episódio “A Batalha de Starcourt”, um jornal aparece mostrando detalhes sobre o desaparecimento de Will e as mortes de Barb e Bob.
Essa breve aparição, aliás, conecta o drama daquela temporada com as tragédias passadas de Hawkins, servindo para lembrar que a cidade é realmente um lugar atormentado.
O jornal também menciona um “vazamento químico” como a justificativa oficial do governo para encobrir os eventos. Isso não deixa de ser uma crítica ao controle da informação e à manipulação da realidade pelos órgãos públicos.
2. Conexão entre Vecna e o Devorador de Mentes
Conexão entre Vecna e o Devorador de Mentes
Na 4ª temporada, Vecna ameaça Max com as palavras: “Não tenha medo. Tudo vai acabar em breve. Apenas tente ficar bem quieta.” O que você pode não ter reparado é que esta frase espelha as falas de Billy, sob controle do Devorador de Mentes na 3ª temporada, para suas vítimas.
A repetição da frase cria um paralelo sutil entre Vecna e o Devorador de Mentes, sugerindo que eles possam ser aspectos de uma mesma entidade, conectados no Mundo Invertido.
1. A influência do filme “A Hora do Pesadelo” e a presença de Robert Englund
Robert Englund, em “Stranger Things” (Netflix)
Ao longo da série, as referências a “A Hora do Pesadelo” são várias, mas a maior homenagem ocorre na 4ª temporada com a participação de Robert Englund, o próprio Freddy Krueger.
Na série, Englund interpreta Victor Creel, um homem traumatizado e preso após passar por eventos horríveis que destruíram sua família.
A presença de Englund é uma homenagem direta ao legado de terror psicológico que o personagem de Freddy Krueger trouxe para o cinema, e a trajetória de Victor Creel reflete o mesmo terror aterrorizante e inescapável que “A Hora do Pesadelo” popularizou.