A série Corpo em Chamas, da Netflix, reacendeu o interesse por um dos casos criminais mais chocantes da Espanha: o assassinato de Pedro Rodríguez, que levou à prisão de Rosa Peral e Albert López. Além da série ficcional, o documentário O Caso Rosa Peral apresenta uma abordagem mais factual sobre os acontecimentos.
Mas o que é real e o que é ficção? Neste artigo, vamos conhecer o caso verdadeiro e comparamos as duas produções.
O caso real: o assassinato de Pedro Rodríguez
Em 2017, o corpo de Pedro Rodríguez, policial espanhol, foi encontrado carbonizado dentro de um carro próximo ao reservatório de Foix. As investigações apontaram Rosa Peral, sua namorada, e Albert López, amante de Rosa e também policial, como os principais suspeitos.
O caso revelou uma trama de traição, ciúmes e intriga. Segundo a investigação, Rosa teria drogado Pedro com analgésicos, e Albert teria desferido o golpe fatal. Após o crime, colocaram o corpo no porta-malas de um carro, levaram-no ao reservatório e incendiaram-no numa tentativa de ocultação.
Em 2020, Rosa foi condenada a 25 anos de prisão, enquanto Albert recebeu uma pena de 20 anos.
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O que é real em “Corpo em Chamas”?
A série Corpo em Chamas é uma adaptação do caso real, mas inclui algumas liberdades criativas. Os elementos centrais do assassinato de Pedro, o envolvimento de Rosa e Albert e o julgamento permanecem fiéis aos fatos. A série retrata com precisão a tensão e os conflitos do triângulo amoroso que culminaram no crime.
Por outro lado, algumas distorções são evidentes. Por exemplo, a caracterização de Rosa como stripper ou dançarina de bar é fictícia. No documentário O Caso Rosa Peral, a própria Rosa desmente essa representação, afirmando que jamais trabalhou nessas condições. Essa escolha dramatiza o enredo, mas cria um estereótipo sensacionalista.
Além disso, na série, a personagem Ester Varona, uma investigadora, aparece com provas concretas contra Rosa. Na realidade, as evidências eram majoritariamente circunstanciais, como registros de chamadas telefônicas, o que dificultou a construção de uma acusação sólida.
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O documentário “O Caso Rosa Peral”: uma visão diferente
O documentário O Caso Rosa Peral oferece uma versão mais detalhada e menos dramatizada dos eventos. Rosa, pela primeira vez, apresenta sua defesa, alegando que Albert foi o verdadeiro responsável pelo assassinato e que ela seria apenas uma vítima das circunstâncias.
Apesar das declarações de Rosa, o tribunal concluiu que ambos os acusados tiveram participação direta no crime. O documentário também expõe que o testemunho da filha de Rosa foi desconsiderado por ela ser menor de idade, levantando dúvidas sobre a condução do julgamento e a análise das provas.
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Comparando as duas produções
Enquanto Corpo em Chamas dramatiza o caso e modifica elementos para fins de entretenimento, O Caso Rosa Peral busca se aproximar dos fatos. A série dá destaque aos múltiplos relacionamentos de Rosa e sua suposta habilidade de manipular os homens à sua volta. Já o documentário adota um tom mais humanizado, explorando as motivações e dilemas da acusada.
Em resumo, o caso de Rosa Peral e o assassinato de Pedro Rodríguez continuam a gerar debates e especulações. O documentário, ainda que parcial, oferece uma perspectiva mais sóbria e convida o público a refletir sobre os fatos por trás das narrativas.
E você, já assistiu às duas produções?