O gênero faroeste é tradicionalmente associado a protagonistas masculinos, mas há diversas obras que trazem mulheres fortes e determinadas no centro das tramas. Aqui a gente separou cinco filmes e séries de TV que desafiam essa tradição, apresentando histórias com protagonistas femininas que brilham no Velho Oeste.
5. The Nightingale (2018)
Aisling Franciosi em “The Nightingale” (IFC Films)
“The Nightingale” é um faroeste que se distancia dos elementos clássicos do gênero ao incorporar um tom de thriller psicológico e elementos de horror.
O filme segue Clare Carroll (Aisling Franciosi), uma irlandesa que busca vingança contra os soldados coloniais que assassinaram sua família.
A jornada de Clare pela Terra de Van Diemen é árdua, mas ela encontra apoio em Billy Mangana (Baykali Ganambarr), um rastreador aborígene que a auxilia em sua missão.
Contudo, diferente da maioria dos faroestes, “The Nightingale” não se passa no oeste americano, mas em uma colônia britânica.
Aqui, a personagem de Clare, determinada e ferida, desafia as convenções do gênero, ao mostrar o impacto da violência colonial sobre as mulheres.
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4. Cold Mountain (2003)
Nicole Kidman e Renée Zellweger em “Cold Mountain” (Miramax Films)
Em “Cold Mountain”, Nicole Kidman interpreta Ada Monroe, uma mulher que precisa enfrentar as dificuldades de cuidar sozinha de sua fazenda durante a Guerra Civil Americana enquanto aguarda o retorno de seu marido, Inman (Jude Law).
A trama, aliás, se desenrola em duas frentes: a jornada épica de Inman e a luta de Ada para sobreviver e manter sua propriedade.
No entanto, é a personagem Ruby Thewes, interpretada por Renée Zellweger, que realmente rouba a cena. Isso porque, Ruby é uma mulher do campo forte e independente, que ajuda Ada a se tornar uma figura mais resiliente. Essa dinâmica entre Ada e Ruby traz um toque especial ao faroeste, pois representa a força feminina em um mundo dominado por homens.
3. Johnny Guitar (1954)
Joan Crawford em “Johnny Guitar” (Republic Pictures)
Em “Johnny Guitar”, Joan Crawford interpreta Vienna, uma determinada dona de um salão de beleza que enfrenta oposição em uma pequena cidade.
O filme aborda a política local através de um conflito de poder entre Vienna e sua rival, Emma, interpretada por Mercedes McCambridge.
Mas, enquanto o enredo inclui tiroteios e intrigas típicas do faroeste, o foco principal mesmo é a luta entre essas duas personagens femininas, com Vienna se mostrando uma figura resiliente em meio às acusações injustas de assassinato e assalto.
Inclusive, o filme é considerado um dos grandes filmes de faroeste por reimaginar o papel das mulheres no gênero. Isso porque, a rivalidade entre Vienna e Emma é central para a trama, e a forma como essas mulheres lidam com as adversidades é o que torna “Johnny Guitar” especial.
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2. A Inglesa (2022)
Chaske Spencer e Emily Blunt em “A Inglesa” (Prime Video)
A minissérie “A Inglesa”, protagonizada por Emily Blunt, apresenta Lady Cornelia Locke (interpretada por Blunt), uma aristocrata inglesa que viaja ao Velho Oeste em busca de vingança pela morte de seu filho.
A série é dirigida por Hugo Blick e explora o encontro de Cornelia com Eli Whipp, um veterano nativo americano, e a viagem que ambos realizam, revezando-se para salvar um ao outro.
Cornelia se revela uma protagonista complexa, capaz de manejar armas e sobreviver em um ambiente implacável.
Além disso, a atuação de Emily Blunt foi bastante elogiada, assim como as paisagens exuberantes da série, que capturam a beleza e a dureza do Oeste americano.
1. Era Uma Vez no Oeste (1968)
Claudia Cardinale e Jason Robards em “Era uma Vez no Oeste” (Paramount Pictures)
“Era Uma Vez no Oeste”, de Sergio Leone, é um clássico do faroeste que gira em torno de Jill McBain, vivida por Claudia Cardinale.
No filme, Jill é uma ex-prostituta que se casa para tentar recomeçar sua vida e se vê envolvida em um conflito violento após a morte de sua nova família.
Inclusive, a personagem de Jill se sobressai por sua força em meio ao caos, ao defender a terra herdada e resistindo às manipulações do vilão Frank.
O filme é aclamado tanto por suas sequências de ação e fotografia quanto pela profundidade de sua protagonista, que equilibra vulnerabilidade e coragem em um ambiente hostil.