"The Last of Us" (Max)

5 fatos que não fazem sentido em ‘The Last of Us’ (1ª Temporada)

The Last of Us conseguiu um feito difícil: respeitou o material original do jogo e, ao mesmo tempo, trouxe novidades e momentos mais íntimos entre os personagens, o que só aumentou o peso emocional da trama. Ainda assim, se formos ser um pouco exigentes, a verdade é que nem tudo funcionou perfeitamente.

Isso porque, ao longo dos episódios, algumas escolhas narrativas deixaram o público com a pulga atrás da orelha e não fizeram muito sentido. Algumas atitudes que soaram desconexas ou explicações que não convencem estão entre certos acontecimentos que parecem simplesmente não resistir a uma análise mais atenta.

A forma como a pandemia se espalha sem nenhum tipo de precaução

Desde o primeiro episódio, já fica evidente que o surto do fungo Cordyceps começou bem longe dali. Mais precisamente, na Indonésia. Inclusive, a série mostra especialistas alertando sobre o risco real que o fungo representa e o caos que poderia causar caso se espalhasse.

Mesmo assim, do outro lado do mundo, os personagens nos Estados Unidos seguem suas rotinas como se nada estivesse acontecendo. Não há sinais de preocupação, muito menos qualquer tipo de protocolo de contenção.

E isso acaba soando estranho. Afinal, em um mundo ainda não colapsado, seria natural esperar algum tipo de reação oficial.

Faltam medidas básicas, como quarentenas, suspensão de voos e investigações mais rigorosas. Justamente o tipo de resposta que se espera diante de uma ameaça biológica desconhecida e altamente perigosa.

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A origem da imunidade de Ellie não convence

A série até tenta explicar a imunidade de Ellie ao mostrar que sua mãe foi mordida poucos instantes antes do parto. Segundo essa teoria, o contato precoce com o fungo teria exposto o bebê a uma quantidade controlada, o que explicaria a resistência da garota. Mas essa justificativa, apesar de interessante, levanta algumas dúvidas.

Para começo de conversa, esse tipo de exposição natural ao Cordyceps nunca aconteceu com mais ninguém. Ou, pelo menos, a série não menciona nenhum outro caso semelhante, nem acidental.

Além disso, é difícil entender como nenhum cientista do universo da série cogitou investigar esse caminho. Para quem está buscando desesperadamente uma cura, esse tipo de hipótese parece básica demais para ser ignorada.

E tem mais: o corpo de Ellie simplesmente se adaptou ao fungo sem apresentar qualquer efeito colateral. Isso foge bastante ao que se espera de uma infecção fúngica, que, na vida real, costuma ser lenta, agressiva e cheia de complicações.

A tentativa de cura a partir do cérebro de Ellie

Logo de cara, uma das ideias mais difíceis de aceitar é a de que uma cura poderia ser criada a partir do cérebro de Ellie.

A explicação apresentada gira em torno de um suposto “mensageiro químico” que o organismo dela produziria. algo que enganaria o fungo e, com isso, abriria caminho para o desenvolvimento de uma vacina.

Só que esse plano parece simplificado demais, ainda mais considerando o contexto em que tudo acontece: um hospital caindo aos pedaços, com poucos recursos e uma equipe médica claramente limitada.

Outro ponto curioso é que esse tal mensageiro químico nunca foi encontrado em outros infectados. Afinal, todos eles também convivem com o fungo no organismo. Então, por que só Ellie teria desenvolvido esse tipo de resposta?

É o tipo de explicação que, embora funcione para mover a história, deixa algumas pontas soltas quando analisada com mais calma.

A recuperação milagrosa de Joel

Outro ponto que gera questionamentos é a recuperação milagrosa de Joel após sofrer um ferimento gravíssimo no episódio 6. Na ocasião, ele foi perfurado por uma barra de metal e perdeu muito sangue.

Inclusive, nos episódios seguintes, é mostrado que Ellie cuida dele, aplicando antibióticos improvisados e tentando manter o ferimento limpo. Ainda assim, Joel passa dias em coma e depois se levanta de uma hora pra outra com força suficiente para lutar, atirar e resgatar Ellie.

Portanto, considerando o estado de saúde dele, a falta de infraestrutura médica e a falta de alimentos e água, seria muito mais provável que Joel demorasse semanas para se reerguer, isso se sobrevivesse.

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Ellie ainda sendo atacada por infectados

Ao longo da série, é explicado que Ellie é imune ao Cordyceps porque seu corpo já abriga o fungo de forma controlada. Sendo assim, era de se esperar que os infectados a ignorassem, como fazem com outros já contaminados.

Afinal, o próprio universo da série mostra que os infectados conseguem detectar a presença do fungo em outros corpos.

No entanto, Ellie continua sendo alvo de ataques como qualquer outra pessoa.

Logo, isso levanta uma questão importante: se o fungo realmente acredita que ela está infectada, por que ela ainda representa uma ameaça a ser eliminada?

Publicado por

Jéssica Bernardo

Sou uma profissional de marketing, nasci em 1998, natural do estado de São Paulo, com uma paixão pela leitura e escrita.

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