Stephen King, o renomado mestre do terror, é amplamente reconhecido por sua capacidade de criar histórias que transcendem o gênero, e que causam medo e inquietação. Isso porque, embora tenha explorado diversos gêneros ao longo de sua carreira, seu trabalho no terror é onde está seu maior destaque.
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Recentemente, King compartilhou suas opiniões sobre o que torna um conto de terror verdadeiramente eficaz. Confira abaixo!
Comentários de Joyce Carol Oates no X e a resposta de Stephen King
Joyce Carol Oates, uma escritora também respeitada por sua vasta produção literária, recentemente fez um comentário no X (antigo Twitter) que chamou a atenção de King.
Oates sugeriu que o verdadeiro poder do terror está em manter o público tenso e preso ao momento, sem a necessidade de explicações extensas ou conhecimento prévio para causar impacto.
Afinal de contas, para ela, o terror está mais na atmosfera e nas emoções imediatas do que em tramas complexas ou em longas justificativas.
“Minha teoria sobre filmes de terror (e ficção) é que o enredo é apenas o varal no qual uma sucessão de imagens é pendurada. Você precisa pensar que há uma explicação (coerente) para o pesadelo, mas essencialmente, na vida, não há. Os finais de muitos romances, não apenas romances de gênero, são reversões à norma. os começos são geralmente muito mais fortes, como uma tempestade se formando. É por isso que o final abrupto de “Família Soprano” foi uma ideia brilhante: quando a consciência termina, é isso. Nenhuma explicação é igual à que a precede.“, publicou ela via X.
Pouco depois, Stephen King, que raramente deixa de comentar sobre discussões literárias, respondeu ao post de Oates, concordando com sua observação:
“Acho que isso está certo. Quanto menos explicação, melhor.”, afirmou o mestre do terror
No tweet, ele destacou que, em suas próprias obras, menos é mais quando se trata de explicações. King deixa transparecer que deixar o público preencher as lacunas com suas próprias interpretações é uma técnica eficaz para garantir que o terror permaneça por mais tempo, mesmo após o término da história.
O estilo de Stephen King e seu sucesso no gênero de terror
O estilo de Stephen King no gênero de terror é amplamente baseado em sua habilidade de mesclar o sobrenatural com o mundano. Porém, ao contrário de muitos autores que dependem exclusivamente de sustos repentinos ou de monstros fantasiosos, King cria terror a partir de situações e personagens profundamente humanos e relacionáveis.
Com isso, seus horrores, muitas vezes, surgem de questões cotidianas elevadas ao extremo, como a obsessão, o isolamento e os traumas do passado.
Por exemplo, em “O Iluminado”, King explora a deterioração mental de Jack Torrance em um hotel isolado, transformando o ambiente em um personagem próprio.
Já em “Misery: Louca Obsessão”, o terror vem da obsessão de uma fã. No livro é abordado de maneira perturbadora o relacionamento entre criador e público.
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Esses temas, embora situados em cenários aparentemente simples, são carregados de simbolismo, o que torna o terror de King tão impactante.
Além disso, mesmo quando lida com elementos sobrenaturais, como em “It: A coisa” ou “Carrie, a Estranha”, há sempre um núcleo emocional ou psicológico. Essa estratégia ajuda a tornar a história acessível e compreensível para o público.
Essa capacidade de conectar o leitor com os personagens, mesmo em situações extremas, é uma das razões pelas quais suas histórias se conectam tão profundamente com os fãs.
King também é um mestre em criar suspense e tensão. Afinal, ele sabe exatamente quando dar pistas sobre o que está por vir, e mantém o leitor engajado sem entregar tudo de uma vez. É mais um motivo para seu sucesso no gênero de terror, concorda?
