Hoje em dia, parece até que filme de super-herói é sinônimo de bilheteria garantida. Basta lembrar dos sucessos da Marvel ou de algumas apostas da DC para pensar que esse tipo de produção sempre dá certo.
Só que a realidade nem sempre segue esse roteiro otimista.
Na prática, vários estúdios já colocaram uma fortuna em projetos grandiosos que não empolgaram o público e acabaram deixando um rastro de prejuízos.
X-Men: Fênix Negra (2019)
Pra abrir a lista, tem um caso que parecia sucesso certo, mas acabou afundando uma das franquias mais queridas do cinema. A proposta era mostrar a transformação de Jean Grey na temida Fênix, só que os problemas começaram ainda nas primeiras exibições-teste e não pararam por aí.
O elenco cheio de rostos conhecidos, o selo da Marvel e a produção com um orçamento de cerca de US$ 200 milhões resultou num faturamento de apenas US$ 252 milhões no mundo todo.
Parece muito à primeira vista, só que esse valor ficou bem abaixo do necessário pra cobrir os custos totais e gerar lucro.
O prejuízo? Estimado em US$ 148 milhões. Foi o fim amargo da fase dos mutantes nas mãos da 20th Century Fox.
The Flash (2023)
A expectativa para “The Flash” era grande. Afinal, o filme chegava com a missão de dar o pontapé inicial no novo universo da DC nos cinemas.
Mas a situação começou a desandar antes mesmo da estreia. As polêmicas envolvendo o protagonista Ezra Miller, somadas a uma campanha de divulgação bem confusa, acabaram afastando boa parte do público.
O resultado não foi nada animador: mesmo com um orçamento de cerca de US$ 220 milhões, o longa arrecadou só US$ 270 milhões ao redor do mundo.
Novamente, num primeiro olhar, pode até parecer um número razoável. Só que, levando em conta todos os custos envolvidos, o prejuízo bateu na casa dos US$ 177 milhões.
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Lanterna Verde (2011)
Agora, se tem um filme que virou símbolo de tudo o que pode dar errado numa superprodução, é esse.
A Warner Bros. colocou suas fichas na criação de um novo universo inspirado nos heróis da DC, e apostou que o Lanterna Verde poderia ser o ponto de partida ideal.
Com isso, o orçamento foi generoso: cerca de US$ 200 milhões. Só que o retorno ficou bem aquém do esperado.
A bilheteria mundial bateu US$ 220 milhões, o que, no fim das contas, não deu conta do recado.
Quando entram na conta os gastos com marketing e distribuição, o prejuízo final chega perto dos US$ 180 milhões.
O Esquadrão Suicida (2021)
Esse aqui é um caso curioso: “O Esquadrão Suicida”, dirigido por James Gunn, foi super elogiado tanto pela crítica quanto pelo público que resolveu dar uma chance. Só que esse carinho todo não apareceu nas bilheteiras.
Diferente da versão de 2016, que mesmo sendo detonada arrecadou US$ 747 milhões, o novo filme acabou prejudicado por uma escolha do próprio estúdio. Isso porque a produção foi lançada ao mesmo tempo nos cinemas e no streaming da HBO Max, o que fez muita gente preferir assistir no conforto de casa.
O resultado? Com um orçamento de cerca de US$ 185 milhões, a arrecadação mundial parou nos US$ 168 milhões.
No fim das contas, considerando também os gastos com marketing e distribuição, o prejuízo foi de aproximadamente US$ 202 milhões.
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Mulher-Maravilha 1984 (2020)
Pra fechar, tem um caso que chamou atenção não só pelo tamanho do prejuízo, como também pelo contexto em que foi lançado.
O filme chegou aos cinemas em dezembro de 2020, bem no auge da pandemia, numa época em que as vacinas ainda não estavam amplamente disponíveis. Pra piorar, a Warner Bros. decidiu lançá-lo simultaneamente na HBO Max, o que reduziu ainda mais o número de ingressos vendidos.
Com um orçamento de cerca de US$ 200 milhões, a bilheteria mundial mal passou dos US$ 166 milhões.
E, somando os gastos com divulgação e a parte que fica com os cinemas, o prejuízo estimado foi de impressionantes US$ 230 milhões. O resultado disso é que até hoje é o maior tombo financeiro de um filme de super-herói.